quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu indico!

Eu indico o livro: "O conhecimento de Anatol Kraft", do autor curitibano "Roberto Gomes".
Nele, o autor faz um apelo altruísta muito bem elaborado através de um personagem que desperta a ira e a paixão sobre o aspecto intrínseco da vida cotidiana.
"Leitor desesperado, que lia tudo e nada"; assim o definia.
Boa leitura!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ferreira Gullar

Eu sei que se tocasse
com a mão aquele canto do quadro
onde um amarelo arde
me queimaria nele
ou teria manchado para sempre de delírio
a ponta dos dedos

*uma pintura

terça-feira, 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pesadelo noturno

É como se eu estivesse num cárcere de imagens programadas, onde a imaginação acende a luz de forma organizada e sistemática.
Acordei!
À partir de agora, até a volta de uma nova descoberta do sono, a realidade se mantém presa sob um sólido conhecimento estético de fatores ambientais do dia-a-dia.

sábado, 13 de agosto de 2011

Quarta carta destinada à Apolo

Há dias não tenho motivação suficiente para lhe escrever, mas hoje, não sei por que motivo, lembrei de uma passagem da minha infância da qual você se fazia presente.
O motivo da viagem que me levou à seu encontro, era o conúbio de uma prima de ambos.
Não sei se recordas, pois pelo que me lembro, esta foi a última vez que o vi. E isso faz muitos anos.
Por isso terei dificuldades de narrar os fatos acontecidos naquele dia.
Ao menos um, que me chamou a atenção e me fez descobrir, isso depois de um determinado tempo, já com maior conhecimento sobre o mundo que vivemos, que a aproximação de derivados ilícitos justifica a causa pela qual nos aproximamos novamente.
Por muito tempo fiquei a pensar se tal maneira de agir colocava em risco sua integridade diante do medíocre grupo de pessoas que temos parentescos entre si.
Mas hoje, buscando a mesma extensão, sou capaz de dizer que determinada ação faz juz a sabedoria de um e outro.
Engana-se àqueles que julgam pela necessidade de julgar.
Sofrem calados a moral de uma tradição inescrupulosa que os mantém presos à relações extra-conjugais.
Bando de hipócritas!
Naquela época, eu era consumido pelo objetivo de ser bem-sucedido como eles. Hoje, o meu sucesso é me manter incomunicável com esse modelo ortodoxo de pessoas que se quer posso chamá-los de parentes.
Tudo isso foi significante pra mim até o momento em que me torno adulto e descarto a tradição inútil pela qual me encontrava preso.
Esta é mais uma tentativa de lhe mostrar a importância que você teve diante da tentação de descobrir os prazeres das relações naturais e artificiais entre vícios e abstinências.
Mais um pouco foi dito... com mais tempo direi mais.
Assim entenderemos mais sobre uma infância comprometida por interesses insignificantes.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bolo de fubá

3 ovos
1 copo de óleo
2 copos de leite
1 copo e meio de açucar
2 copos de fubá
1 copo de farinha de trigo
1 colher de fermento pó royal

Bata tudo no liquidificador e por último adicione o fermento.
* Untar a forma

Obs: De preferência, acompanhado com chá.
Bom apetite!

Obs. 2: Em épocas de extrema repressão aos textos de cunho político, mais especificamente nos anos de regime militar, de forma irônica, escritores faziam uso de receitas gastronômicas por terem seus periódicos excluídos pela imprensa da época.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sessão: Eu indico!

Para os amantes da época em que nos correspondía-mos através de cartas, eu indico o livro: "Goethe e Schiller - companheiros de viagens".
Por muito tempo trocando confissões, essas correspondências deram origem à escrita clássica na Europa, mais especificamente na Alemanha, entre os anos de 1794 à 1805, que durou até a morte de Schiller. Boa leitura!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Terceira carta à Apolo

Desta vez vou ser breve, pois este processo pelo qual escolhi declarar meus sentimentos profundo em relação à tudo que fui alvo quando garoto, não merece ser conservado na memória por tanto tempo.
Peço desculpas por não compartilhar contigo hoje, um pouco da agonia que por tanto tempo me acompanhou e hoje as trago em julgamento junto a ti.
Quem sabe amanhã, com um pouco mais de cafeína circulando em meu sangue, eu desempenhe melhor a descrição dos fatos e situações da época em que fui castigado por não acreditar que seria salvo pela entidade suprema que meus antepassados tanto acreditavam.
Disso falarei em breve, e não me resta dúvidas que você também sentirá um desejo profundo em acompanhar o momento em que rompi com esta moral indesejada, que suprimia minhas forças.
Como tudo é efêmero, a conversa acaba por aqui.