quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A mesma farsa se repete

Apesar de vivermos uma época em que os direitos das mulheres começam a ser garantidos, o uso de códigos foi e me parece ser uma prática corriqueira para definirmos ou identificarmos determinados grupos.
Este é, aliás, o resultado da predominância do pensamento conservador como o responsável pelo nosso desequilíbrio social.
Este ensaio aspira ser lido por aqueles que realmente sentem a necessidade de lograr o privilégio estruturado de alguns indivíduos que se apresentam como controladores de um movimento calcado na omissão de atos que geram aversão por suas características morais.
A própria estrutura, arraigado na falta de clareza por parte dos mesmos com os mesmos, deixa claro o propósito mais óbvio de que não importa se algo ou alguém está sendo prejudicado pela vantagem exclusiva dos indivíduos do determinado grupo.
Deixar que este poder se instale e se cristalize dentro de uma cena que busca em sua essência suprimir qualquer atividade discriminativa, é perpetuar o conservadorismo evidente em sua proporção, satisfazendo somente os seus idealizadores.
Desejamos ser livres e não escravos da nossa arrogância.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Boy and Girl


Eu disse a ela que a composição da sua existência já era o suficiente para protagonizar em mim o que chamo de paixão, aquele sentimento levado à seu alto grau de intensidade.
A resposta dela foi natural, dizendo que nada poderia fazer.

domingo, 24 de novembro de 2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Na madrugada das formas poéticas

Lá no outro estado contemplo o grande desejo, que por sua vez, na objetividade absoluta, sabe os males evitar.
Acordei cansado das noites em que as palavras não importam a mais de uma pessoa.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Como um romance

Não, não é inútil tomar conhecimento desse todo que multiplica o despertar de si mesmo, a gente quer ser livre e se sente abandonado.
Estar entre dois mundos sem nenhuma explicação sob certos aspectos, penso eu, retrata a atual situação no limiar da compreensão.
Mas como é que se pode não gostar desta emoção pretensiosa, capaz de oferecer um estado de euforia e entusiasmo, expresso em palavras que sintetizam todo esse bem estar?
Apesar de vivermos distantes, é inegável que o significado deste movimento de interesses revele um tipo de expressão sensível capaz de transferir a valorização excessiva do desejo pelo outro.
A exemplo de todo afeto, o menor estímulo reativa o anseio vivido pela lembrança.
Agora estou eu aqui, prestes a perder o uso da razão, padecendo pelo excesso.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Eu bem que lhe disse

Muito dificilmente poderei fazer uso do que sinto nessa intensa troca de mensagens, da qual desfruta meus pensamentos por ti.
A descoberta da intensidade de desejos movidos pelo exercício constante, atribuídos a estreita relação a que nos encontramos, torna a busca por algo completo mais agradável nos momentos de identificação íntima, complexa e delicada quanto entre duas pessoas.
Esta reunião de palavras, combinadas com essa recém descoberta, desarruma minhas frases e provoca minha imaginação.
Essa é a razão de me sentir particularmente atraído por aquilo que eu chamo de motivação para a realização ou satisfação de algo, força ou impulso que leva o sujeito a agir segundo essa motivação.
E quando eu lhe disse que o ponto de partida de algo que construí sem perceber era a explicação correta e definitiva do funcionamento desses desejos, não era uma declaração infame do que sinto por ti, e sim uma confissão natural da sensibilidade de qualquer pessoa apaixonada.
O que resta do grande anseio num mundo onde tudo parece provisório é esta paixão que não tinha nenhuma razão de acontecer.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O dia que representava este dia


Como você pode perceber, sou uma pessoa cheia de dúvida e desconfiada dos seus pensamentos.
Não fui eu quem desanimou, apenas o seu perfil ficou preto e branco, perdeu a resolução diante dos meus olhos.
É mais fácil sermos o que somos do que tentar mudar, só porque alguém escreveu hipoteticamente sobre fixações em fases do desenvolvimento que podem ser superadas.
"Mas o que fazer? Viver com medo? Amar a despeito do medo? Acordar todas as manhãs sabendo que aquele pode ser o dia em que alguém que você amava poderia ser perdido?"
Livre deste medo é que removi o dia que representava este dia, de tal modo que a solidão não tem bem certeza da esperança.


A exatidão da palavra no sentido da imagem