segunda-feira, 31 de março de 2014
quarta-feira, 19 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
Doze cartas à Apolo... pode parecer inevitável
Eu ando com vontade de
lhe dizer uma coisa, Apolo. Uma coisa que talvez encerre aqui nosso
diálogo, pois o esclarecimento total e detalhado de tais fatos,
marcados de decepções e conflito interno, começam a gritar para que
a ordem dos fatos devolva a ordem dos pensamentos.
Vivo no segredo da
experiência onde perceber tais presenças fazem de mim um refugiado.
Longe de ser uma
perseguição ou um fato odiado, mas tornei-me parte da ordem das
coisas.
O desdobramento
subsequente deste delírio, se é que posso chamar assim, contribuiu
para uma terrível inércia subjetiva, resultando na negação do
sujeito, ou seja, o reconhecimento chocante de que a concepção do
mundo que predomina no pensamento é distorcida, perde-se, por
conseguinte, a vida que tal reconhecimento acarreta.
Baseando-me nesse
refúgio psicanalítico, retiro-me por tempo indeterminado a lhe
escrever.
Que os conceitos dessa
escrita lhe esclareça tal atitude.
domingo, 16 de março de 2014
Resenha do fanzine A Traça 014-1 - edição bilíngue
Acompanho
este trabalho desde, não sei bem. Faço dele um abrigo paciente, e
às vezes enalteço com tudo que sei, mas também o que não sei.
Gosto de considerá-lo como um diálogo filosófico. “Não pra
trás” seguindo à própria experiência de análise, cria-se um
monólogo sobre advertências e dúvidas da existência. Como neste
trecho: “Se eu contar como me senti diante do abismo, preso no
amanhecer da noite sem sono, mergulhado num vazio existencial,
provavelmente nossos laços seriam a corda sobre o abismo”. Quantos
entre-laços podem ser criados diante do fim? Em quantos vieses
podemos interpretá-lo?. São formas que capturam uma duvida futura e,
sabe-se que é interminável. Há quem trabalhe em livrarias, que
vende autores de encomenda e esquecem os livros. A literatura fica
para depois, também está indiferente a este zine. Quanto ao autor,
já tentei convencê-lo outra vez. Por que este é um fanzine dos
quais “não se troca”, não se esquece. Mas como o próprio
define, este é uma espécie de exercício: "a construção será
mínima para a máxima do construído. A traça destrói tudo."
Por:
Caio Souza Nascimento
segunda-feira, 3 de março de 2014
Era uma vez um corpo
O tempo é mentiroso no interior deste pensamento, apesar de, lá fora, as pessoas celebrarem as horas, dada a imobilidade diante de si.
Descubro-me num caminho sem passos, diante do que penso que nem existe.
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