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domingo, 15 de setembro de 2013

Eletronic revolution

"A palavra escrita é, literalmente, um vírus, uma forma maligna e letal.
A crença de que algumas palavras e combinações de palavras podem produzir doenças e pertubações mentais graves é partilhada não apenas no campo da magia mas também no campo da psicolinguística e da pragmática. O efeito chamado perlocutivo é o efeito somático provocado pela proferição (elocução) da palavra que tem uma força (ilocucionária) particular."

terça-feira, 30 de abril de 2013

A delicadeza de Clarice

"Nem tudo que escrevo resulta numa realização, resulta numa tentativa. O que também é um prazer. Pois nem em tudo eu quero pegar. Às vezes quero apenas tocar. Depois o que toco às vezes floresce e os outros podem pegar com as duas mãos."

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Nosso dia-a-dia é verdadeiro?

"E que mal existe enganar aqueles que querem ser iludidos? Não é isso que fazem os médicos, os advogados, os cozinheiros, as putas, os padres, os eletricistas, os treinadores de cachorro, os macumbeiros, os consultores financeiros, os pintores de paredes?"

*trecho do livro Pequenas Criaturas de Rubem Alves.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Só não lê quem não quer!

Por: Eleotério Burrego


Números estatísticos saídos recentemente demonstram que uma enormidade de brasileiros sobrevivem com míseros cento e trinta e poucos reais ao mês. Se fossemos medir os que tem algo mais e consomem livros, teríamos a demonstração de uns, agora, míseros leitores em um mar de brasileiros esfomeados.
Deixando estes dados para a história e sociologia analisarem mais acertadamente, só não lê quem não quer, ou são realmente analfabetos de pai e mãe, apesar que existem seres gerados por néscios que dão ótimos leitores, intelectuais e até presidente da república. 
Nos lugares dos "livros esquecidos" é disponibilizado um leque substancial de literatura que derruba aquele bordão:"livro neste país é caro". Estou limpando e deixando em ótimo estado três livros: "Os trabalhadores do mar - Victor Hugo", "Babbitt - Sinclair Lewis", "Mulheres apaixonadas - D. H. Lawrence", em capa dura, sem manuseio, páginas alvíssimas, quer dizer nem foram lidos pelos ex donos. Nós estamos vendendo a dez reais cada, mas tem amigos livreiros vendendo até a 1,99 na internet. 
É incrível!!! Mesmo a dez reais, só leva o bordão adiante quem consegue ver um pouquinho além do próprio nariz. Nunca se reclama do preço de duas ou mais cervejas nos fins de semana, ou um maço de cigarro ao dia. Temos milhões e milhões de fumantes e alcoólatras mas míseros milhares de leitores.

sábado, 12 de novembro de 2011

Cerveja, sexo e literatura.

Existe um ditado que é líquido e certo nos seus dizeres: "gosto não se discute". Ainda mais aqui! No lugar dos Livros Esquecidos a gente constata muito isto, e nos deixa mais alvoroçados ainda neste universo da literatura. Somos submetidos as mais variadas tentações de maravilhas. Então, para não contrariar o dito ditado, digo, ou melhor, é politicamente correto antes de emitirmos opinião, antepor : "para mim". Assim digo, para mim o melhor dos descolados e de pessoa que soube tirar o bom de bebida e mulher foi Henry Chinaski, as vezes ele ficava na dúvida em qual ele mergulhava mais fundo.
 Em "Mulheres", para mim seu melhor livro, como dizem seus livros, sempre de cunho autobiográfico, traça este mundo que só ele soube demonstrar com maestria. Dá até vontade de ser escritor, fazer poemas, beber cervejas e as mulheres aparecerão até debaixo de tapetes, e de todos os matizes. Mas tudo isto são outros quinhentos, são os embalos que a boa literatura causa.
  "Mulheres" sintetiza o Bukowski que habita dentro de cada um de nós, sejamos anjos ou demônios. Este mergulho vale a pena, nem precisamos terminar e já começamos a ver a vida através do copo de cerveja, mesmo morna.
Por:   Eleotério.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

No melhor estilo faça você mesmo.

Enfim concluí o projeto no seu mais antigo formato.
Após intermináveis esforços, onde texto e imagem combinam-se dentro de uma comunicação impressa, a expansão de idéias  resulta em mais uma edição do zine "A TRAÇA".


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por que Apolo?

Apolo é uma referência na qual me baseio e fixo um momento à (d)escrever.
Os personagens existem de fato!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O senhor nunca adivinharia...

 - Agora é sua vez!
 - Você trouxe, taí com você?
 - Sim! só pesso pra que não me apresse.
 - Está bem, agora vá!
 - mas veja bem... seja o mais sútil possível, caso encontre problemas.
 - Sim. Lamento pela última vez.
 - Como disse?
 - Deixa pra lá... é impossível assimilar detalhes nessas horas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Me correspondendo pela quinta vez com Apolo

Desta vez falarei no presente, Apolo. Assim, farei com que meus antigos sentimentos esclareçam a ti, como fui reforçado a procurar uma vida longe das perseguições familiares.
Tenho vivido em um território difícil de se alcançar respostas concretas de uma vida na qual, constatemente buscamos que seja efetuado como algo.
Sutilmente somos degolados por fases que nos obrigam a criar meios que de fato são buscas constantes de preservações que dominam o campo que atuamos.
Seria mais fácil dizer isso tudo pessoalmente, mais raras foram as vezes que nos encontramos, que busquei através destas cartas, uma proximidade que não sei realmente se ainda acontecerá, a não ser em nossos óbitos.
Por vezes sinto ter respostas concretas para situações relevantes, mais aí, o presente momento de esclarecimento me força a refutá-lo.
É engraçado como nesses momentos sutis, acelero o processo de recordar as frequentes reuniões habituais de uma família calcada na estupidez da sua crença.
Tenho motivos de sobra para justificar meu eterno desgosto junto à eles.
Já que não posso mudar o rumo da minha história, a que se concretizou até aqui, tento fazer dela, onde me encontro com mais sabedoria, um retrato daquilo que corresponde mais verdadeiramente a minha realidade.
Sei que nosso pensamento tem uma pequena semelhança, apesar das idades que se distanciam com o passar dos anos, pois nada disso se modificaria se nossos espíritos não nos embalassem em uma montanha-russa de dúvidas concernentes a relações que se manifistam através dos fatos.
Houve um tempo em que me especializei a acreditar que era o momento de não mais existir. Contornei a situação e deixei essa idéia de lado, e hoje não me faz falta não estar aqui.
Pensando bem, fiz a coisa certa, pois foi você que elegi pra declarar minha escolha.
O que tudo isso tem a ver com você?
Me diga você! Se um dia isso tudo fizer algum sentido em relação à nossa orientação.
Isso é o melhor de mim hoje, pois nossas vidas são enriquecidas com algumas experiências. 



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Esqueci de dizer.

Na publicação anterior, deixei de mencionar que o livro "Alfred Hitchcock apresenta: histórias proibidas para nervosos" é uma seleção de contos, 13 (treze) no total, em que o tenebroso Hitchcock apresenta novos escritores especialistas em literatura policial.

*Sessaõ "eu indico".

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Livros esquecidos

Por: Eleotério Burrego


  Faço parte do dia a dia de um lugar denominado "sebo", embora muitos proprietários dos ditos lugares mal sabem o significado que o termo embute. Percebe-se por este cotidiano o quanto é tênue a linha que separa o poder da população adquirir cultura neste país.
  Remontando historicamente e sociologicamente o percurso do livro no país, nota-se que aquela desculpa do livro caro demais, que há décadas soa comumente em qualquer conversa quando se trata de problematizar a razão de sermos tão maus leitores, cai por terra e fica só como uma desculpa muito simplória e fácil de sustentar dando certo valores de um simples e qualquer livro aleatoriamente.
  Hoje, compra-se uma variedade de livros em mais diversos lugares e está sendo produzido uma variedade enorme tanto em formatos, qualidade e no tão discutido valor que está ao alcance de qualquer bolso. Além da existência de nós, "Os sebos, onde estão os livros esquecidos", onde existem livros por frações de valor do novo.
  Este mercado está em franca expansão, as vezes diz-se que tem um em cada esquina, em Sampa, chegam a vender nas calçadas, pilhas que você se recusa a acreditar que conseguem empilhar daquela forma sem cair, além dos inúmeros estabelecimentos com a dita palavra grafada, as vezes nem se dão ao luxo de ressaltar o nome fantasia da empresa, o importante é: SEBO.
   Pensava que o livro nunca iria ocorrer da forma com acontece hoje na sua disponibilidade:
   - normal(aquele que comumente dizem que custa os olhos da cara)
   - pocket(estrangeirismo que denomina o de bolso, existe até coleção de editora com esta denominação)
   - virtual(tablets que logo,logo estarão tão popular como celular)
   - usado(nós os "Sebos")
   - luxo(livros em edições luxuosas em formatos diferentes, papel especial, comemorando, datas de lançamento ou nascimento e morte do autor)
   - audio-livro(versão de livro para se ouvir, lanços a tempos, mas agora é que parece que encontrou seu nicho.
   O livro desponta finalmente como um filão, somos alvos no Brasil de grandes conglomerados editoriais tanto na aquisição de nossas tradicionais editoras de nome de décadas, como se estabelecendo por aqui de alguma outra forma e, NÓS, que comercialmente acentuamos a nossa presença devido a sua alta lucratividade e qualquer mané pode se estabelecer colocando o tal nome lá: SEBO.
   Faltava uma política  mais agressiva do estado, mas está vindo de uma forma massiva tanto de disponibilizar bibliotecas como outras políticas de conscientizar a população através de escolas, faculdades, prefeituras, centros culturais de que o livro(leitura) é indispensável ao brasileiro quanto futebol, carnaval, cerveja, espiritismo , mulata ...
   Viva o livro, os novos e os esquecidos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A leitura me persegue

"Pense um pouco. Não precisa dar uma resposta agora.
Eu gostei disto aqui. Você foi a primeira pessoa que conseguiu acompanhar o que está se passando comigo e realmente não me senti censurado ou julgado. Acho que pode ser bom continuarmos. Eu só estou um pouco cansado.
Nós precisamos ir com calma."

domingo, 25 de setembro de 2011

Leituras em mim

 - "A mulher cria o amor em nós. Tem o direito de exigir a retribuição.
 - Grande verdade, Dorian, verdade absoluta - -exclamou Basil.
 - Não há verdade absoluta - contestou lorde Henry."

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu indico!

Eu indico o livro: "O conhecimento de Anatol Kraft", do autor curitibano "Roberto Gomes".
Nele, o autor faz um apelo altruísta muito bem elaborado através de um personagem que desperta a ira e a paixão sobre o aspecto intrínseco da vida cotidiana.
"Leitor desesperado, que lia tudo e nada"; assim o definia.
Boa leitura!

sábado, 13 de agosto de 2011

Quarta carta destinada à Apolo

Há dias não tenho motivação suficiente para lhe escrever, mas hoje, não sei por que motivo, lembrei de uma passagem da minha infância da qual você se fazia presente.
O motivo da viagem que me levou à seu encontro, era o conúbio de uma prima de ambos.
Não sei se recordas, pois pelo que me lembro, esta foi a última vez que o vi. E isso faz muitos anos.
Por isso terei dificuldades de narrar os fatos acontecidos naquele dia.
Ao menos um, que me chamou a atenção e me fez descobrir, isso depois de um determinado tempo, já com maior conhecimento sobre o mundo que vivemos, que a aproximação de derivados ilícitos justifica a causa pela qual nos aproximamos novamente.
Por muito tempo fiquei a pensar se tal maneira de agir colocava em risco sua integridade diante do medíocre grupo de pessoas que temos parentescos entre si.
Mas hoje, buscando a mesma extensão, sou capaz de dizer que determinada ação faz juz a sabedoria de um e outro.
Engana-se àqueles que julgam pela necessidade de julgar.
Sofrem calados a moral de uma tradição inescrupulosa que os mantém presos à relações extra-conjugais.
Bando de hipócritas!
Naquela época, eu era consumido pelo objetivo de ser bem-sucedido como eles. Hoje, o meu sucesso é me manter incomunicável com esse modelo ortodoxo de pessoas que se quer posso chamá-los de parentes.
Tudo isso foi significante pra mim até o momento em que me torno adulto e descarto a tradição inútil pela qual me encontrava preso.
Esta é mais uma tentativa de lhe mostrar a importância que você teve diante da tentação de descobrir os prazeres das relações naturais e artificiais entre vícios e abstinências.
Mais um pouco foi dito... com mais tempo direi mais.
Assim entenderemos mais sobre uma infância comprometida por interesses insignificantes.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sessão: Eu indico!

Para os amantes da época em que nos correspondía-mos através de cartas, eu indico o livro: "Goethe e Schiller - companheiros de viagens".
Por muito tempo trocando confissões, essas correspondências deram origem à escrita clássica na Europa, mais especificamente na Alemanha, entre os anos de 1794 à 1805, que durou até a morte de Schiller. Boa leitura!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Terceira carta à Apolo

Desta vez vou ser breve, pois este processo pelo qual escolhi declarar meus sentimentos profundo em relação à tudo que fui alvo quando garoto, não merece ser conservado na memória por tanto tempo.
Peço desculpas por não compartilhar contigo hoje, um pouco da agonia que por tanto tempo me acompanhou e hoje as trago em julgamento junto a ti.
Quem sabe amanhã, com um pouco mais de cafeína circulando em meu sangue, eu desempenhe melhor a descrição dos fatos e situações da época em que fui castigado por não acreditar que seria salvo pela entidade suprema que meus antepassados tanto acreditavam.
Disso falarei em breve, e não me resta dúvidas que você também sentirá um desejo profundo em acompanhar o momento em que rompi com esta moral indesejada, que suprimia minhas forças.
Como tudo é efêmero, a conversa acaba por aqui.

sábado, 30 de julho de 2011

Segunda carta à Apolo

Aqui estou novamente Apolo, no exercício de lhe escrever.
Tomei essa iniciativa assim que o encontrei novamente, só que desta vez em uma prateleira de um sebo, entre outros escritores, dos quais desconheço boa parte.
Mas essa é outra história, parte integrante da qual relato, que mais adiante retomarei dando sentido a tudo que lhe narrar de forma sistemática e abrangente.
Sabe Apolo, tive dúvidas quando menino se teria uma profissão, um reconhecimento por parte de ascendentes de origem comum.
Hoje, quanto mais longe me mantenho deles, mais sinto apreço por mim mesmo.
Retratar alguns episódios deste período, fará com que de fato, você concorde comigo quanto a forma absurda, grotesca e tirânica pela qual fui submetido com o passar dos anos, assim que daqueles que herdava alguma coisa, já não herdara mais nada, a não ser retratos sobre-postos em albuns de fotografia.
Em alguns momentos desejei a morte, mas como todo menino sem formação, isso não passava de idéias sem cabimento, querendo fugir da situação pela qual me encontrava.
Mais tarde, já não desejava mais a minha morte, mais sim a morte daqueles que exerciam poder sobre mim.
Mas o tempo me fez sábio, extraindo de mim esse impulso involuntário.
Tenho muito tempo ainda para lhe escrever, Apolo, por tanto, hoje paro aqui.
Você deve estar se perguntando por quê escolhi você!?
Saibas que em algum momento, em algum lugar ou espaço, incondicionalmente você modificou minha maneira de perceber o mundo. Por tanto, não se zangue, não quero fazer da sua consciência um depósito dos meus fantasmas que me assombraram quando menino.
Você, agora, é parte da minha capacidade de julgar o que retive durante anos, e que hoje divido contigo.
Seja compreensivo, espero que você contribua com este exercício que nos envolve em um determinado ponto de nossas vidas.