quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dez cartas à Apolo

Foi assim que ficou gravado na minha memória, Apolo.
As disputas familiares, o forte olor de minha avó, o beijo molhado na bochecha que limpava assim que minhas tias viravam as costas.
A dificuldade de lidar com tantos contrastes quando criança é o resultado dessa linguagem obtusa, carregada de sentido figurado.
Agir racionalmente, Apolo, é interromper toda essa experiência maldita que eu, adulto, posso transcorrer se me faltar lucidez.
Agora, na plenitude de minha força fisiológica, esmago o retorno a este sentido incompleto que me era nocivo.
O mal-estar de hoje é concebido de sentidos fragmentados, mas não menos doloroso de quando éramos abatidos como animais por nossos antepassados.
O sentido da convergência é dado quando consideramos o aspecto a ser estudado.
Nossa parcela de contribuição para desestruturar essa derivação morfológica é o fato a ser discutido nessas poucas cartas a serem analisadas.
Hoje vivo um momento de clareza nas expressões das idéias capaz de dominar uma simples sensação amorosa.
A última notícia que tive de você, Apolo, interrompeu o fluxo da freqüência do nosso monólogo.
Hoje, a minha situação atual, dentro de uma relação exigente, é exatamente semelhante à informação que obtive a seu respeito.
Considera-se um homem de sorte, pois nossas confidências terão reação alarmante dentro de uma estrutura mantida pela relação de poder e da vaidade.
É com palavras que auferimos esse confronto.

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