domingo, 5 de janeiro de 2014

11ª carta à Apolo

Que tipo de pessoa me tornei, Apolo?
Será que por ser esmagado pelas afirmações do tempo não me criei mais sórdido e simplista?
Encorajado por estas questões, Apolo, no que me concerne, não creio que me conduzi obrigatoriamente às monstruosas conclusões de que meus antepassados tenham sido pessoas coercivas.
O que me inclina ao profundo transtorno é, depois de tanto tempo, o resultado da indagação sobre a falta de sentido que nos permite perceber tais formas, extensões, consistências, asperezas e pesos conclusos por meio do contato pessoal.
Queria eu, hoje com mais consciência do que outrora, reconstruir o que com dificuldade conjugo através deste pequeno relato, onde o herói da minha vida, atormentado o suficiente, abriu mão da existência. Condenando talvez, a geração por vir.
Fico profundamente desamparado quando minha imaginação retorna à este ponto, pois o dispositivo disso tudo, declaradamente, são os distintos personagens de uma família ambiciosa e punitiva.
Tenho dificuldade de condená-los, Apolo, pois pra isso teria que dar relevância aos mesmos.
O estigma da palavra é o resultado mais fiel do qual poderei explorar, pois dela expulsarei com ironia as mil faces da manifestação de sentimento aos próprios.
A mais óbvia vantagem que tenho disso tudo, foi me opor à este senso comum de indivíduos interessados em recursos apelativos.
Preservo aqui, nenhum interesse real por esses indivíduos.
Voltarei a lhe redigir parte do processo oferecido ao seu conhecimento, Apolo, pois dividiste comigo a separação do mesmo organismo ainda existente.
Continuo a lhe dizer, a unidade da escrita sentenciará as possíveis afirmações.

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