terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sexta carta à Apolo

Esta noite tive um sonho do qual me fez recordar dos dias em que me escondia quando as visitas apareciam inesperadamente tomando conta da casa e ditando regras que acreditavam servir para todos alí.
Somente com a necessidade da identificação dos que alí estavam, aparecia para justificar seja lá o que era. Não sei mais identificar o que viria ser aquele desejo de estar e não estar ao mesmo tempo alí com aquelas pessoas.
Sabe o que é mais interessante, Apolo, recordando deste tempo em que omitia o que sentia?
Que eu ainda guardo resquícios de um medo controlado que luta contra minha consciência.
Não me resta dúvidas agora do quão subordinado eu era à essas pessoas que diziam sentir algum afeto por mim.
Nesta época meu coração estava na ponta de meus dedos.
Embora este que acorda já não mais se submete a certos sentimentos, só o fato da lembrança resistir ao tempo, tenho a impressão de que a odisseia de minha vida ocultou uma época pressionada pela intimidação.
Distante dali, posso afirmar que estabeleci uma batalha que venci pela sabedoria.
Devido ao tempo e o pouco recurso de minha memória, encerro aqui mais uma passagem de uma infância dividida entre o medo e a alegria.
Sem dúvida, é impossível que impeça o rio de correr.
Até breve!

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