sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cartas à Apolo, o poeta amargo

Iniciarei a dizer, sem saber onde te encontras, que parte da vida iniciada, não me recordo mais.
Sei que quando menino, tudo me divertia, a não ser quando tinha minha liberdade privada por àquela que me criou por um determinado tempo.
Quantas vezes observava receoso a espera de uma punição severa, sem ao menos ter oportunidade de me defender.
Toda aquela agressividade materna hoje nada representa a não ser um ódio contido pelas diversas vezes que não pude argumentar, apenas apanhar calado.
Parte deste período, onde descobrimos as delícias da vida, foi esmagado por uma mulher rude e de caráter austero, tomada pelo desejo de punir.
Devo dizer que, tentando escrever parte desta minha história, o início dela não foi lá dos melhores, a não ser os momentos em que me encontrava fora de casa.
Mas fique tranquilo Apolo, pois lá na frente você vai ver que as surras da vida me transformaram e as cicatrizes foram curadas com sabedoria.
Dela, hoje, já não sinto mais falta alguma, pois sua inflexibilidade não resistiu ao tempo e foi para debaixo da terra junto com seus restos mortais.
Desejo-lhe uma boa leitura de minhas confidências, pois assim saberás mais de minhas angústias até me tornar um homem sabido.
Sem mais agora, mas verás que tenho muito a dizer. 

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